quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A Bioquímica do Amor....

Que o amor é um sentimento de dificil definição, nós já sabemos. Mas a ciência resolveu dar uma ajudinha e explicar o que ocorre em nosso organismo quanto estamos apaixonados. O que a paixão tem a ver com biologia e química? Simplesmente tudo.
Tudo começa pelo olhar. A aparência é muito importante e até os animais escolhem como parceiros, aqueles que são considerados mais bonitos. O pavão por exemplo, escolhe seu parceiro por uma característica física que no caso é a cauda, aqueles que possuirem a cauda maior e com penas mais coloridas, são considerados os mais atraentes. A simetria é um fator importante e sempre foi considerado um sinal de beleza, mas é tbm um sinal de saúde. E saúde é um sinal de fertilidade.

Partindo do princípio que o maior objetivo de se encontrar um parceiro, assim como nos animais, seja a perpetuação da espécie, então a escolha seria pela maior capacidade de reprodução que esse parceiro possa proporcionar. Os homens inconscientemente escolhem suas parceiras pela capacidade de reprodução. Estudos comprovam que a maioria dos homens preferem mulheres de cintura fina e quadril largo, que biologicamente falando, é um sinal de fertilidade. Mulheres com essas proporções podem gerar mais filhos e esses filhos tendem a ser mais saudáveis.

Agora pelo lado bioquímico, quando conhecemos uma pessoa e nos sentimos atraídos por ela, a testosterona (hormônio ligado a questão sexual) corre solta no nosso corpo, e é ela a responsável pelo desejo. É a testosterona que nos dá o impulso inicial para chegarmos na pessoa. Tanto homens quanto mulheres possuem esse hormônio sexual, mas os homens possuem uma quantidade maior....(Isso explica muita coisa...rs).

Já quando nos apaixonamos ocorre o mesmo processo químico que ocorre em viciados. Talvez seja por isso que nos sentimos viciados na pessoa. Nessa fase apresentamos altos níveis de dopamina, o hormônio que nos faz ficar pensando o tempo todo na pessoa, sentir acelerar o coração, umidade nas mãos, sensação de euforia, felicidade e prazer. É a dopamina que faz a gente se sentir violentamente feliz e o mundo parar quando estamos perto da pessoa amada. São praticamente os mesmos sintomas que uma pessoa que utiliza cocaína sente. Sem falar na sensação de depêndencia química, que pode ser comparada com as crises de abstinência dos drogados. Porque tbm sentimos uma espécie de dor, quando a pessoa amada não está por perto. (Cruzes....)

Depois da paixão, vem o compromisso. Nessa fase enxergamos a pessoa amada através de um filtro, onde fazemos com que ela pareça ser muito melhor do que realmente é. Isso faz com que os relacionamentos durem mais. Não enxergamos os defeitos, por isso o jargão "O amor é cego". Depois desse turbilhão de sensações, não há organismo que aguente e por isso vem a merecida calmaria e sensação de satisfação. Dizem que a paixão tem um prazo para acabar, e é um relacionamento saudável justamente que acaba com ela. Estranho né....Mas durante os orgasmos, nosso corpo libera substâncias como a ocitocina, que é o mesmo hormônio que a mulher tem ativado na amamentação. (Nessa fase a mulher, fica mais maternal, do que sexual).
Com o tempo, se tudo estiver bem, você e seu par vão se sentir cada vez melhores com essa calmaria e daí vivem felizes para sempre, até que a morte os separe ou até que um dos dois pule fora para se apaixonar novamente e passar por todas essas emoções de novo.

Estudos comprovam também que pessoas apaixonadas tem níveis mais baixos de serotonina, esses níveis baixos também são encontrados em pessoas com transtorno obsessivo compulsivo. Talvez isso explique a obsessão que algumas pessoas tem por seus parceiros e a necessidade que sentem em controlá-los ou dominá-los.
A serotonina também tem a ver com a tristeza que sentimos quando sofremos uma decepção.
Tudo isso faz sentido. Por isso quando conhecemos uma pessoa e não sentimos atração por ela, dizemos que não teve "química". A tal química tem tudo a ver com a paixão. Será que os cientistas ainda vão descobrir uma forma de manipular os hormônios, de modo com que nos apaixonemos por qualquer pessoa que quisermos?

***Tudo isso foi baseado em uma matéria da revista Super Interessante, e em pesquisas/artigos científicos disponíveis na internet. Redigido por uma bióloga loira, que já faz um tempinho que não consegue sentir borboletas no estômago e que vive tentando achar explicação para as coisas...... e que as vezes, acaba encontrando.
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" Preciso urgentemente de uma dose de dopamina "